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segunda-feira, 19 de julho de 2010

“Sete milhões”: Naburi não registou reembolso em 2009

39 é o número total de projectos financiados pelo FDD em Narubi.

O fraco reembolso do dinheiro alocado aos distritos no âmbito do Fundo de Desenvolvimento do Distrito (FDD), vulgo “Sete Milhões”, continua na ordem do dia, havendo casos em que, durante um ano, nenhum mutuário conseguiu cumprir com as suas obrigações.

O informe apresentado, semana passada, ao Chefe do Estado moçambicano, Armando Guebuza, por ocasião da visita inserida na Presidência Aberta e Inclusiva, ao posto administrativo de Naburi, distrito costeiro de Pebane, província central da Zambézia, aponta, a título de exemplo, que em 2009 não houve nenhum reembolso do dinheiro alocado no âmbito da iniciativa.

Esta situação contrasta com a tendência dos anteriores dois anos (2007 e 2008) em que o reembolso era ascendente, de 53 mil meticais para pouco mais de 257 mil meticais.

A margem de reembolso no período entre 2007-2009 atingiu 310 mil meticais, de um total de 3.7 milhões de meticais alocados durante o mesmo período.

No período em referência, foram, segundo o documento, financiados em Naburi 39 projectos diversificados, dos quais 14 de agro-pecuária, 21 de comércio, três de turismo e um de prestação de serviços.

Contudo, as autoridades locais e a população estão juntas numa única visão: “os Sete Milhões têm vindo a contribuir para o desenvolvimento rural”.

O aparecimento do Fundo de Desenvolvimento do Distrito mudou a vida da população do posto administrativo em diversos aspectos”, refere o documento apontando que, no âmbito deste dinheiro, foram gerados 677 postos de trabalho, sendo 267 fixos e 410 sazonais.

Para além dos postos de trabalho, de acordo com o informe, o valor contribuiu para o aumento da produção agrícola e, no caso concreto de Naburi, subiu de 76 mil toneladas alcançadas na campanha 2007-2008 para 78 toneladas na campanha agrícola 2008-2009.

Ao longo deste período, foram criadas 39 associações de geração de comida e de rendimento. A componente de infra-estruturas sociais e económicas é também apontada como tendo registado melhorias.

Com efeito, o informe refere que a circulação de bens e de produtos básicos foi melhorada com a reabilitação e manutenção de rotina das estradas terciárias que, anteriormente, se encontravam obstruídas.

O nível de comercialização de produtos agrícolas também melhorou, bem como o respectivo grau de processamento nas comunidades, com recurso às moageiras que antes da existência do fundo eram apenas duas, mas até 2009 totalizavam seis.

Nos outros dois postos administrativos, até agora visitados pelo Chefe do Estado, o cenário dos reembolsos não foge ao de Naburi.

Assim, o posto administrativo do Baixo Licungo Nante, distrito da Maganja da Costa, recebeu um total de 1.9 milhão de meticais só em 2009, dos quais o reembolso se situou em 34 mil meticais. (retirado daqui)

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