Escrito por Jornal Noticias Quarta, 23 Julho 2008 06:17
Os níveis de reembolso do fundo de investimento do desenvolvimento local, vulgo sete milhões, é considerado bastante fraco na província de Niassa, facto que levou o Presidente da República, Amando Guebuza tanto em Mecanhelas como em Maúa, a chamar à atenção dos beneficiários para privilegiar a sua boa utilização e reposição.Dos cerca de vinte mil milhões de meticais aloucados em 2007 à província, apenas cerca de mil milhões foram reembolsados, apontando-se como factores que contribuíram negativamente para o baixo nível de reposição do dinheiro, a disponibilização de pequenos valores que, por vezes não ultrapassam os dois mil meticais e que não produzem nenhum impacto nas comunidades, para alem de algumas associações que são criadas apenas para beneficiar do fundo, dissolvendo-se logo de seguida.
O Chefe de Estado explicou que o governo introduziu o orçamento de investimento de iniciativa local para gerar comida e emprego para as comunidades repisando que o dinheiro não é para oferecer.
Referiu que os sete milhões são como uma semente que deve ser plantada para reproduzir. “A semente não se come. Deve-se semear para colher os resultados. Só aquele que sabe tratar da semente deve receber o fundo” – disse Armando Guebuza.
Discursando em Mecula, o Presidente da Republica voltou a destacar a necessidade da unidade nacional para vencer a pobreza, afirmando que o povo tem vindo a contribuir para o crescimento do pais porque o seu executivo é um governo do povo.
Falou da necessidade de caminharmos juntos na reconstrução daquilo que foi destruído pela guerra de desestabilização, para alem de se continuar a construir escolas, hospitais, estradas e outras infra estruturas sociais que permitam o bem estar das populações.
No comício de Maua, dois dos dez elementos da população que pediram a palavra, falaram do conflito homem – animal que, segundo disseram, para alem de criar fome em diversas regiões está a fazer com que muitas povoações desapareçam, um vez que as pessoas refugiam-se para lugares aparentemente mais seguros.
Explicaram que os animais, sobretudo elefantes devastam as machambas e chegam a destruir casas, reportando-se em consequência, algumas mortes de pessoas.
Pediram ao chefe de estado para que a curto prazo, o governo procure uma solução. Alias, a mensagem da população que igualmente fez menção a este conflito, como sendo uma das dificuldades das comunidades locais, refere-se igualmente a falta de energia eléctrica, do ensino secundário do segundo grau e das comunicações telefónicas.
No distrito de Maua, rico em recursos florestais e dos maiores produtores de culturas alimentares, destaca-se nos índices de cobertura de água potável a sua população, estimada em pouco mais de 39 mil habitantes com 95 por cento.
Carlos Coelho (fonte)
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