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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

“Sete milhões”: Acesso ao dinheiro vai ser mais rigoroso

Fonte: Jornal Noticias
25 de Julho de 2008
O Governo vai passar a ser mais rigoroso na selecção dos beneficiários do fundo de desenvolvimento de iniciativas locais, mais conhecido por “sete milhões”. Segundo o Presidente da República, Armando Guebuza, que falava ontem na cidade de Lichinga no final da sua visita à província do Niassa, o baixo índice de reembolso deste fundo constitui um desafio que tem de ser ultrapassado.
O Chefe do Estado respondia assim a uma pergunta de jornalistas se o baixo nível de reembolso do fundo não comprometeria os objectivos pelos quais esta iniciativa foi criada, mais precisamente o combate à pobreza.

Armando Guebuza deixou claro que o Governo não vai abdicar desta iniciativa. Contudo, não avançou nenhuma medida a ser aplicada aos infractores.

Para o Presidente, citado pela AIM, acima de tudo, a população deve ter consciência de que o fundo é um investimento que deve ser respeitado.

“Aquilo que está a acontecer neste momento é um desafio, porque o dinheiro emprestado deve ser reembolsado”, sublinhou o Presidente, que durante quatro dias escalou sucessivamente os distritos de Mecanhelas, Maúa, Muembe e a capital provincial, Lichinga.

Guebuza frisou que apesar de existirem pessoas que reclamam a existência de pouca transparência na atribuição do fundo, há muito mais gente que agradece esta iniciativa. “O mais importante é continuarmos a trabalhar”, disse.

Durante os contactos com a população, o Presidente sempre referiu que este fundo não é para ser “consumido”, mas sim para ser usado na produção de comida e criação de postos de trabalho, dois aspectos associados à redução da pobreza no país.

Em Maúa, por exemplo, o Presidente chegou a comparar o fundo em questão com a semente que é conservada para garantir a continuidade da produção.

Em Niassa, a experiência mostra que os factores que contribuem negativamente na reposição dos valores têm a ver com o facto de alguns conselhos consultivos distritais não conseguirem desempenhar o seu papel na fiscalização, pois muitos beneficiários reformulam os projectos já aprovados e aplicam o dinheiro noutros planos.

Ademais, muitos dos beneficiários deste fundo ainda não assumiram que o dinheiro é de devolução obrigatória.

Antes da conferência de Imprensa, Guebuza orientou um comício popular na cidade de Lichinga. Na ocasião exortou a população a mudar de atitude e a acreditar na sua capacidade de fazer as coisas para vencer a pobreza absoluta.

Exemplificando, Guebuza explicou à população que existem pessoas no nosso país que num passado não muito distante andavam descalças mas que hoje, porque acreditaram nas suas capacidades, mudaram de atitude, empenharam-se no trabalho, fizeram as suas machambas, produziram muito, venderam o excedente e já andam de motorizada.

O PR fez questão de destacar que estava no Niassa em mais uma presidência aberta para conhecer o país real, que caracterizou como sendo aquilo que as pessoas, dos mais variados pontos deste vasto Moçambique, pensam, vêem e querem.

“Presidência aberta é um momento de todos nós termos a consciência do que queremos, do que temos e que forças devemos conjugar para alcançarmos os nossos objectivos” – disse. (retirado daqui)

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