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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Lentidão no reembolso impede outros projectos

Fonte: Jornal Notícias
02 de Agosto de 2010

A CRIMINALIDADE e o desemprego foram as principais preocupações apresentadas ontem pela população do posto administrativo de Tica, província de Sofala, ao Chefe do Estado, Armando Guebuza, num comício popular em que foi abordada a necessidade da devolução célere do Fundo de Desenvolvimento Distrital que está a acontecer, agora, de forma lenta, não só naquela região como noutras partes do país, o que acaba impedindo que outros cidadãos realizem os seus projectos.

Como tem sido hábito, foram solicitadas 10 intervenções. Alguns dos cidadãos que falaram apresentaram problemas pessoais, mas a maioria trouxe preocupações colectivas como a criminalidade e o desemprego. Porém, não esperaram pela “varinha mágica” do Presidente da República, para a solução de tais problemas. Para minimizar o problema de desemprego sugeriram eles próprios que fosse instalada uma fábrica de processamento de tomate, tendo em conta que o posto administrativo de Tica é um potencial produtor deste leguminoso.

Quanto aos, sete milhões, de meticais, o Presidente fez questão de dizer que podem ser poucos, mas são muitos para quem não tem e quer desenvolver algum projecto. Mas apelou para a necessidade de as pessoas devolverem o dinheiro de modo que possa ser encaminhado para outros compatriotas que tenham igualmente os seus projectos.

O informe apresentado ao Presidente da República pela chefe do posto, Clara Pugas, elucida quão lenta é a devolução deste valor. Segundo Clara Pugas, dos 2.120.000 meticais alocados foram devolvidos apenas 198.000, o que representa uma percentagem de 934. Mesmo assim, ela fez saber que o impacto do fundo é notório em Tica, desde o aumento da produção agrícola, encurtamento de distâncias na procura de produtos de primeira necessidade, transformação dos cereais e na criação de emprego e do auto-emprego.

Aliás, para inverter esta situação, Clara Pugas disse que o Governo distrital orientou para a necessidade de revitalização das equipas de monitoria que programaram visitas trimestrais aos diversos locais onde estão a decorrer os projectos de desenvolvimento.

No sábado, o Chefe do Estado trabalhou no distrito de Chemba, onde também constatou exitir lentidão no reembolso do Fundo de Desenvolvimento Distrital.

A-propósito, Armando Guebuza fez um veemente apelo aos mutuários para que devolvam o dinheiro que lhes foi emprestado como forma de garantir que outros cidadãos possam beneficiar dos mesmos fundos acelerando dessa forma o combate à pobreza que se pretende no país.

Num comício na região de Chiramba, a população acusou os dirigentes locais de estarem a atribuir os fundos às mesmas pessoas em detrimento, no seu entender, de outros cidadãos interessados. Mas o Presidente Guebuza fez questão de esclarecer que o problema era, efectivamente, de lentidão no reembolso do dinheiro por parte dos que já o receberam.

O Presidente identificou como algumas das causas dessa fraqueza na devolução do dinheiro os desvios de aplicação e mesmo a falta de honestidade por parte de alguns beneficiários.

Em Chemba, dos 4405 milhões de meticais alocados entre 2007 e 2009 para a concretização de um total de 71 projectos, foram devolvidos apenas 97.950, o que corresponde, portanto, a uma percentagem de 22 porcento.

Hoje, entretanto, última etapa da sua visita à província de Sofala, Armando Guebuza trabalha no distrito de Chibabava. O posto administrativo de Goonda é o local escolhido para o comício que vai orientar naquela região da zona sul da província de Sofala. Também está programada uma sessão extraordinária do Governo provincial alargada aos administradores distritais, presidentes dos municípios e outros quadros para balanço desta visita.(retirado daqui)

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