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terça-feira, 23 de novembro de 2010

Detido ex-administrador de Eráti

O País Online Terça, 23 Novembro 2010 00:00 Nelson Belarmino .Em conexão com alegado desvio do fundo dos “sete milhões”

Agostinho Chelua, antigo administrador do distrito de Eráti, na província de Nampula, encontra-se detido, a mando do Gabinete Provincial de Combate à Corrupção, indiciado de desvio de fundos do Estado.
Esta informação foi confirmada na manhã de ontem, pelo porta-voz da PRM em Nampula, Sérgio Reis, o qual explicou que a detenção é o culminar da investigação de uma denúncia de desvio do fundo dos “sete milhões”, num montante superior a 400 mil meticais, quando era administrador de Eráti. Ao que “O País” apurou, Agostinho Chelua é indiciado do crime de desvio de fundos, simulação e participação económica ilícita.

Traído pelo “sócio”

Sabe-se que a lei proíbe os administradores distritais de beneficiarem dos “sete milhões”. Agostinho Chelua, na altura administrador do distrito de Eráti, teria desenhado um projecto para a construção de um complexo residencial naquele distrito, orçando-o em 418 mil meticais. Combinou com um artesão local da sua confiança para apresentar o projecto à administração do distrito, para efeitos de financiamento, no âmbito dos “sete milhões”.

Chelua, já na qualidade de administrador, aprovou o projecto e alocou o valor. concluída a infra-estrutura, Chelua reclamou a sua gestão, de acordo com o previamente acordado. No entanto, o artesão, já que todos os documentos vinham em seu nome, denunciou o esquema através de cartas endereçadas ao Gabinete Provincial de Combate à Corrupção e ao governador daquela província, Felismino Tocoli.

Na sequência, Felismino Tocoli teria ordenado a inspecção provincial a investigar o caso, tendo a mesma confirmado os factos. Em face dos resultados do inquérito, Tocoli decidiu que o estabelecimento devia ser propriedade do artesão que temos vindo a citar, como constava dos documentos.

supostamente, o administrador agora nas celas voltou a contactar o seu ex-cúmplice para lhe oferecer 650 mil meticais pela compra do complexo e retirada da queixa no gabinete provincial de Combate à corrupção, e adiantou duzentos mil meticais.

O seu ex-cúmplice, mais uma vez, voltou a denunciar esta negociata ao governador provincial e ao Gabinete Provincial de Combate à Corrupção. Ao que tudo indica, segundo fontes próximas do processo, esta situação teria precipitado a exoneração de Chelua do cargo de administrador do distrito de Eráti, no dia 31 de Março do ano em curso. (retirado daqui). Ver também aqui.

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