Pesquisar neste blogue

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Governo recua e anuncia “7 milhões” para os distritos urbanos

Sexta, 24 Setembro 2010 00:00 Arsénio Henriques e André Manhice .Para combater pobreza urbana

Este fundo foi criado em 2006, e naquele ano, só os distritos das zonas rurais é que podiam beneficiar desses fundos.
O Governo de Moçambique continua a recuar nas decisões e direccionamento de investimentos assumidos no início do mandato passado e actual. O caso recente, deu-se ontem, com o anúncio de um pacote de Fundos de Desenvolvimento, vulgo “7 milhões”, para os distritos Urbanos, pelo primeiro-ministro, Aires Ali.

Com esta medida, o Governo dá um “volte face” à sua medida anunciada em 2006, na altura da criação do Fundo de Investimento de Iniciativa Local (FIIL), segundo o qual só os 128 distritos das zonas rurais beneficiariam deste fundo.

Apesar de assumir que a pobreza está a reduzir no país, Aires Ali, defende que há uma necessidade de se investir nas cidades visando acelerar o combate à pobreza urbana.

“Isto está previsto no Plano Económico e Social para 2011, tendo como pilares o investimento para o melhoramento dos factores de produção por forma a aumentar a produção de alimentos”, disse Ali, acrescentando que “um dos exemplos das medidas que tomámos é que a partir de agora, os distritos urbanos passarão a ter os “7 Milhões”.

Para o governante, este fundo será de muita importância nos distritos urbanos, na medida em que será alocado, fundamentalmente para a implementação de projectos locais de geração de emprego, com enfoque para iniciativas de jovens que não têm acesso ao emprego.

“Os sete milhões visam facilitar o acesso ao emprego com a implementação de projectos para o combate da pobreza urbana”, sublinhou.

Transportes e comunicações com mais fundos

Ainda no desafio de combate à pobreza, Ali garante que, a partir de agora, a área dos transportes e comunicações vai receber muitos investimentos do Executivo, centrando-se desta feita na construção de estradas, pontes e barragens.

Estes fundos, segundo o primeiro-ministro, serão resultado das medidas de austeridade anunciadas a 07 de Setembro último, para fazer frente ao elevado custo de vida no país, marcado pelas sucessivas e paralelas subidas dos preços dos produtos de primeira necessidade.

“Como vocês sabem, para o próximo ano, aprovamos o PES que tem como prioridade a contenção das despesas públicas, com o congelamento do aumento dos salários e subsídios, bem como a eliminação das principais despesas públicas”.(retirado daqui); ver também aqui.

Sem comentários:

Enviar um comentário